quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Medida quase dobra juros para veículos


As taxas de juros cobradas dos financiamentos de veículos quase dobraram depois que o Banco Central baixou pacote que aperta os créditos na sexta-feira.

De acordo com um levantamento realizado pela agência de promoções e pesquisas automotivas MSantos, em 40 revendas de São Paulo, revela que as taxas de juros para financiamentos sem entrada acima de 24 vezes variam desde anteontem de 1,6% para 2,5%ao mês, dependendo do prazo escolhido. Até domingo, os juros ficavam entre 1,3% e 1,4%, sem entrada.

O aumento dos encargos pode provocar queda de até 20% nas vendas de carros zero-quilômetro e atingir os consumidores de baixa renda, que costumam optar pelos planos longos e sem entrada.

Para o presidente da ANFAVEA, Associação das Montadoras, Cledorvino Belini, as medidas são transitórias e não devem afetar o resultado das vendas na indústria automotiva em 2011.

Roberto Sinicio, diretor de vendas da concessionária Palazzo, da GM, calculou quanto o consumidor pagará a mais por um Celta 1.0, bicombustível, financiado em 60 meses, sem entrada. Ao fim de cinco anos, o comprador desembolsará R$ 9.200,00 a mais pelo carro, devido a alta de juros. As prestações passam de R$610,00 para R$762,00.

Os juros aumentaram apenas nos planos sem entrada. As taxas ficam inalteradas nos financiamentos com entrada. Neste caso, a contrapartida para que os juros não subam é exigir do comprador 20% de entrada nos financiamentos em 36 meses, 30% nos empréstimos de 48 meses e de 40% nos de 60 meses.

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