175 são presos em Mato Grosso durante as eleições

As polícias Civil e Militar de Mato Grosso conduziram à prisão 175 pessoas suspeitas de ter cometido crimes eleitorais durante o pleito de domingo. O número é 139% às eleições municipais de 2008, quando 73 pessoas foram presas no Estado.

Segundo a polícia, ocorreram prisões em todas as cidades de Mato Grosso. Compras de voto, boca-de-urna e transporte de eleitores foram os crimes mais praticados. Crimes de maior gravidade, como os de compra de voto, ficaram sob a responsabilidade dos agentes da Polícia Federal espalhados nas quatro unidades da corporação (ver matéria).

Em Cuiabá, a Justiça Eleitoral montou um “cadeião” nas dependências da Casa da Democracia, para crimes de menor poder ofensivo. No local, quatro pessoas foram presas e julgadas pela Justiça, entre elas, um candidato à vaga de deputado estadual.

Uma idosa de 54 anos identificada como Maria Amélia Vieira Santana foi presa em flagrante espalhando “santinhos” de candidatos nas imediações de uma escola no bairro do CPA. Encaminhada ao cadeião pelo crime de boca-de-urna, Maria passou por uma crise nervosa chegando a sofrer convulsão. Uma viatura do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) esteve no local e encaminhou a idosa para o Pronto-Socorro da Capital. Ela vai ter que prestar serviços assistenciais no Asilo Bom Jesus. Os outros suspeitos também foram julgados. Grande parte deles terá que pagar à Justiça Eleitoral uma multa correspondente a um salário mínimo em fraldas geriátricas que serão doadas também ao Asilo Bom Jesus.

O candidato a deputado estadual Aray Fonseca também foi preso na Capital. Ele foi suspeito de cometer boca-de-urna. Um de seus cabos eleitorais também foi preso. Depois de fazer um acordo com a Justiça, o candidato e todos os outros presos foram liberados.

INTERIOR - Um gerente de fazenda foi preso em Querência suspeito de transportar trabalhadores para votação. Em Várzea Grande, o vereador por Jangada, Edézio Mendes, foi preso por distribuir material de campanha do candidato a deputado federal Júlio Campos. Com ele ainda foram encontrados R$ 1.480, sugerindo a tentativa de compra de voto.

Em Nova Mutum, o candidato a deputado estadual Eurico Silva foi à prisão por distribuir os próprios santinhos na cidade. Em Alto Araguaia, o vereador Faraó Menezes foi preso com R$ 10 mil que seriam utilizados supostamente para comprar votos. Em Alta Floresta, o vereador Raimundo Rodrigues foi preso com material do candidato a deputado Nininho. O comandante da PM, Osmar Farias, afirmou que o pleito transcorreu de forma tranquila.