quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Associações de policiais militares recusam proposta do governo para aumento de salários


Para evitar o aprofundamento de uma crise administrativa entre o Governo e a Polícia Militar de Mato Grosso, o Governo do Estado incumbiu a Secretaria de Administração (SAD) de apresentar uma proposta de aumento salarial aos integrantes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros.

No entanto, os valores foram rechaçados pelos representantes da categoria, que estiveram reunidos, durante toda a manhã desta quarta-feira (10), com o secretário de Administração, Cezar Zílio, e com deputados, na Assembleia Legislativa.

A Polícia Militar foi a única autarquia estadual pública que não realizou indicativo de greve por melhores salários no estado de Mato Grosso. Ao contrário de várias outras classes, preferiu sentar à mesa de negociações para reinvidicar melhoria de vida para seus integrantes.

O diálogo foi intermediado pelo deputado estadual Romoaldo Júnior (PMDB), líder do Governo no Parlamento.

Pela proposta já rejeitada pelos representantes das associações, policiais militares e bombeiros teriam um aumento de 4% neste ano e 8% em 2012. Ainda seria concedido reajuste de 20% dividido em dois anos - 2013 e 2014.

"O Estado ratificou a proposta enviada à categoria e o sindicato fará uma avaliação. Tudo está sendo feito dentro da realidade financeira e não podemos extrapolar limites para não desrespeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal", disse Zílio.

Diante da rejeição, caberá agora à SAD formular uma nova proposta e apresentá-la nos próximos dias para, futuramente, vir a ser discutida em assembleia-geral dos policiais militares.

Reivindicação

O Presidente da Associação dos SubTenentes, Sargentos e Oficiais Administrativos da PM e do Bombeiro, Luciano Esteves, explicou em detalhes a proposta da categoria.

"Nós queremos que o subsídio do policial seja vinculado ao subsidio do coronel. Atualmente, o Subtenente tem um ganho no valor em relação ao coronel de 33,5%", disse, queremos que esse valor passe para no mínimo 37 %, o que diminuiria a enorme distância entre o salário dos Oficiais com o salário dos Praças da PMMT e do Bombeiro, portanto, já aceitamos parte da proposta do governo, a de receber 4% de aumento em Dezembro deste ano, 8% em maio de 2012 e em janeiro de 2013, queremos que seja implantada esta diferença, de no mínimo 37% do salário do Coronel para o Sub Tenente, que é o praça mais antigo da carreira.

A luta da PMMT é antiga, já que em outros governos já obtiveram um salário escalonado, o que não projetava diferenças significativas entre as graduações, o que de forma mais justa, agraciava todos os postos e graduações dentro da PMMT e do Corpo de Bombeiros.

Em breve, outros capítulos desta história devem ser narrados, já que, em tempos de Copa do Mundo, não se fala em outra coisa além de Segurança.

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