quarta-feira, 6 de julho de 2011

Mais um assalto a Banco em Mato Grosso, outra vez, Parantinga



Ao menos 10 homens fortemente armados fizeram reféns todos os policiais militares da cidade de Paranatinga (a 370 quilômetros da Capital) e invadiram a agência do Banco do Brasil, anteontem à noite. Para render os PMs os bandidos metralharam duas viaturas no pátio de um posto de combustível da cidade. O assalto, na modalidade “novo cangaço”, ocorreu, por volta das 23 horas.

Com os policiais rendidos, seguiram para a agência onde entraram a tiros, colocaram quatro bananas de dinamite nos dois cofres, mas não conseguiram explodi-los. Haveria cerca de R$ 1 milhão guardado – contando com os caixas eletrônicos que não foram danificados. Como não obtiveram êxito, levaram os policiais fazendo-os reféns em duas viaturas.

Segundo os policiais, os bandidos seguiram pela MT 130, que liga Paranatinga a Sorriso. Após saírem da cidade, eles atearam fogo em um veículo e os policiais reféns foram liberados. Os militares disseram que tiveram muita sorte, pois os bandidos poderiam tê-los executados.

Os policiais explicaram que foram rendidos numa barreira policial, num posto de combustível da cidade. Ao abordar um Corolla, no posto de combustível, o motorista se recusou a atendê-lo. O militar verificou que o veículo continha várias sacolas e comida enlatada.

No momento da abordagem, os bandidos desceram e correram até a viatura e começaram a atirar perfurando a frente do carro da Polícia Militar. Eles então renderam os PMs que entregaram suas respectivas armas. Um dos policiais, para não ser baleado, chegou a correr, mas foi localizado pelos assaltantes.

De lá, seguiram com os policiais – fazendo-os de escudo humano - até a agência bancária. Os ladrões chegaram a colocar explosivos em dois cofres, mas não conseguiram explodi-lo. Eles não conseguiram detonar a dinamite corretamente.

Policiais da Gerência de Combate do Crime Organizado (GCCO) confirmaram o uso de dinamite para arrombar os dois cofres. “Esses cofres são altamente resistentes e não foram danificados”, explicou um dos policiais. A dinamite seria parte do lote de 900 explosivos roubados de uma empresa que faz prospecção de petróleo na cidade de São José do Rio Claro, no início do mês.

Conforme funcionários da agência bancária, ontem seria feito o pagamento dos servidores municipais e funcionários do frigorífico Marfrig. “Só o Marfrig emprega mais de 1000 pessoas e provavelmente os bandidos estavam de olho nesse dinheiro”, informou um policial. O carro forte que trouxe o dinheiro para Paranatinga chegou anteontem no município e fez o reabastecimento das agências bancárias e dos caixas eletrônicos.

Em menos de dois anos, a agência bancária do Banco do Brasil sofreu três assaltos, todos na modalidade “novo cangaço”, onde os bandidos pegam clientes, funcionários ou policiais como escudo humano para praticar a ação criminosa. Com tantos assaltos, a população se sente insegura, principalmente em relação a período de pagamento de servidores e funcionários do frigorífico Marfrig.

No dia 4 de agosto de 2009, oito homens fortemente armados invadiram a agência do Banco do Brasil de onde levaram todo o dinheiro do cofre – cerca de R$ 1 milhão – e fugiram em três carros levando três funcionários reféns. Um dos veículos foi totalmente queimado, para não deixar pistas.

Em dezembro daquele ano, um novo assalto. Na ocasião, 10 homens armados com fuzis e espingardas calibre 12, invadiram a cidade, por volta das 9 horas. Clientes e funcionários das agências, e pessoas que estavam nas ruas foram usados como escudo humano, enquanto os bandidos limpavam os cofres e as máquinas de auto-atendimento.

Segundo a Polícia, os assaltantes conseguiram levar dinheiro apenas do Banco do Brasil. Eles também atacaram o Banco Bradesco, mas o cofre tinha um sistema especial de proteção, que impediu o roubo. (AR)

OUTRO ROUBO – Antes da ação em Paranatinga, no início da tarde de anteontem, uma quadrilha invadiu a agencia do BB de Nova Monte Verde e levaram dinheiro, cuja quantia até o fim da manhã de ontem ainda não tinha sido divulgada pela polícia. A quadrilha fez vários clientes reféns para fugir. Até então, ninguém ainda havia sido preso.

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