sexta-feira, 20 de maio de 2011
Hércules e Célio de volta ao Mato Grosso
Mesmo diante da alardeada superlotação em que se encontra a Penitenciária Central do Estado – antigo presídio do Pascoal Ramos - os ex-policiais militares Célio Alves de Souza e Hércules Araújo Agostinho, considerados criminosos de alta periculosidade, voltaram a ser custodiados na unidade. Os dois e mais 15 detentos vindos da Penitenciária Federal de Porto Velho (RO) desembarcaram ontem no Estado, onde devem permanecer nos próximos dias, até que a Justiça decida para onde serão transferidos.
Um forte esquema de segurança foi montado no aeroporto Marechal Rondon para a chegada dos presos, com a presença de dezenas de policiais civis e federais, além de um helicóptero e camburões. Os detentos desembarcaram em um avião da Polícia Federal por volta das 16h. Hércules Agostinho foi o primeiro a descer da aeronave.
O desembarque de todos os presos durou cerca de 20 minutos. Depois, ainda sob esquema de segurança, todos foram levados para a Penitenciária Central do Estado. A unidade foi interditada no mês passado pela Justiça para o recebimento de novos presos. A decisão foi do juiz da 2ª Vara Criminal de Cuiabá, Gonçalo Antunes Neto. Apesar disso, o magistrado informou à reportagem que o presídio pode, sim, continuar a receber presos.
“A penitenciária está interditada para receber presos de outros municípios. Como os que chegaram hoje [ontem] são daqui, não há problema algum”, explicou. A determinação de interditar este e mais dois presídios do Estado, além da transferência dos presos para o interior, custará cerca de R$ 150 mil aos cofres públicos.
Os presos foram transferidos provisoriamente para Cuiabá porque o prazo de permanência deles em Rondônia expirou. Caberá agora à Justiça decidir para onde eles serão encaminhados de forma definitiva. As opções são as penitenciárias de Campo Grande (MS), Catanduvas (PR) e Mossoró (RN) e vai depender da disponibilidade de vagas nas unidades. O prazo de permanência nas unidades federais é de um ano, mas pode ser prorrogado por igual período.
A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos ainda não encaminhou ofício à Vara de Execuções Penais pedindo a transferência dos presos. “Ainda estamos analisando quais vão ficar aqui em Mato Grosso e quais vão permanecer. Mas a tendência é que poucos ou nenhum preso permaneça aqui”, disse o secretário-adjunto de Administração Penitenciária, tenente-coronel Antônio Chaves. No entanto, ele garantiu que o Estado vai pedir a transferência de Célio Alves e Hércules Agostinho, ambos condenados por vários assassinatos, inclusive o do jornalista Sávio Brandão.
O juiz Antunes já sinalizou que vai decidir pela transferência dos dois ex-policiais. “No entendimento jurídico, eles não podem permanecer em Cuiabá porque já tentaram fugir do presídio outras vezes”, disse.
Os 17 presos ficarão na ala 5 da Penitenciária Central do Estado, considerada a mais segura. Apesar da periculosidade dos presos, Chaves disse que não haverá mudanças no esquema de segurança.
Que situaçào, Mato Grosso não está conseguindo resolver nem os problemas com os criminosos do estado, que assolam a região metropolitana com assaltos, saidinhas de banco e roubo a residências, além dos assaltos a banco no interior do estado, e agora, ainda tem que se preocupar com o retorno do núcleo do maior bando de pistoleiros que o estado já tomou conhecimento.
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