sexta-feira, 20 de maio de 2011

Delegado da Polícia Federal efetua disparo em frente ao Restaurante Getúlio e fere uma pessoa


O delegado da Polícia Federal Bráulio do Carmo Vieira de Melo foi preso na madrugada do dia 19 de Maio,acusado de sacar sua pistola 9mm e atirar em um estacionamento em frente à boate do restaurante Getúlio Vargas, na avenida de mesmo nome, em Cuiabá - MT.

O disparo atingiu de raspão um estudante de 22 anos que abria a porta do seu automóvel, um Astra preto. O disparo chamou a atenção de populares que acionaram a Polícia Militar e uma viatura que passava pelo local acabou realizando a denteção do delegado, que segundo informações de populares no local, aparentava estar embriagado.

Até então, os PMs não sabiam que o tiro havia atingido alguém. O delegado estava acompanhado de um outro agente federal que serviu de testemunha para o caso.

A alguns metros dali, os policiais se depararam com o estudante que alegava ter sido atingido por estilhaços do que parecia um disparo de arma de fogo. Um carro do Samu chegou a ser acionado, mas não foi necessário medicá-lo.

De lá, o delegado federal foi levado até o Plantão Metropolitano que funciona na Delegacia do Planalto para ser autuado em flagrante por três crimes (tentativa de homicídio, desacato e ameaça), de acordo com o boletim de ocorrência.

Conforme os militares, o delegado federal cometeu aidna o crime de desacato, dizendo palavras de baixo calão e que todos "se ferrariam" caso o prendessem. A pistola 9mm foi apreendida e anexada ao boletim de ocorrência.


Lesão corporal


Tanto os PMs como o estudante não conseguiam entender o motivo do delegado federal ter atirado, pois a vítima garantiu que não o conhecia e tampouco o encontrou ou teve atritos dentro da boate da qual saía.

Agora há pouco, o delegado Jeferson Dias Chaves, do Plantão Metropolitano informou ao site Midianews que os indícios apontam para um outro crime - lesão corporal por arma de fogo, além do desacato e ameaça.

"Temos que analisar a intenção de quem atirou. Além disso, a vítima foi atingida por estilhaços que causaram lesão", informou. O crime é inafiançável.

Desde a detenção, a Corregedoria da Polícia Federal foi informada do ocorrido. Um corregedor está acompanhando o caso.

A defesa do delegado federal Bráulio Melo, preso nesta manhã após sair da boate do restaurante Getúlio Grill, ingressará com pedido de liberdade provisória nesta sexta-feria. O delegado atirou com sua pistola e atingiu de raspão o estudante Tiago Perdineira Taques, de 22 anos.

O advogado Eduardo Mahon, que defende Bráulio Melo, utilizará o argumento de que a tipificação penal dada pelo delegado responsável pelo caso, Jefferson Dias Chaves, foi disparo de arma de fogo.

"Isso nos tranquiliza, pois acreditamos não ter havido qualquer intenção de agredir quem quer que seja. O disparo deu-se por ato reflexo e Bráulio Melo permaneceu no local aguardando a chegada da Polícia Militar", afirmou.

Segundo Mahon, a perícia não encontrou nenhuma marca de projetil, o que comprovaria que o disparo foi feito para o alto. "Queremos lembrar que a cidade de Cuiabá tem um dos índices de violência mais altos do país e que não é incomum um ato moderado de defesa quando qualquer cidadão pensa estar sendo alvo de um roubo ou outra violência", disse.

O advogado afirmou ainda que o delegado da Polícia Federal é perito em tiro militar e que o mesmo não teve "dolo específico de ferir e, muito menos, matar um cidadão". "Ele tem a consciência de que sua função, enquanto delegado de Policia Federal, é justamente defender a sociedade contra o crime, mister que exerce há mais de uma década", disse Mahon.

Nenhum comentário:

Postar um comentário