Quatro dias depois do assalto à agência do Banco do Brasil de Campo Novo do Parecis, bandidos voltaram a agir no médio norte e o alvo da vez foi a agência do município de Denise (211 quilômetros de Cuiabá). Houve tiroteio e os criminosos fizeram os clientes de escudo humano, provocando pânico nos moradores.
Informações da Polícia Militar dão conta que aproximadamente oito homens armados com fuzis e espingardas estavam envolvidos no assalto. Testemunhas disseram que dois dos criminosos entraram na agência, enquanto o restante ficou do lado de fora do banco. Os bandidos atiraram ainda na porta da agência, que ficou estilhaçada. Ao sair do local, a quadrilha utilizou quatro pessoas como escudo humano - a exemplo do que ocorreu em Campo Novo do Parecis na sexta-feira passada. Os assaltantes fugiram em um Astra prata e um Ecosport preto.
Os reféns foram libertados em uma estrada chamada Capão Verde, que dá acesso ao município de Barra do Bugres. Depois de atear fogo nos carros, os assaltantes fugiram por uma região de mata fechada. A PM também está em busca dos ocupantes de um Palio preto que teriam furado um bloqueio após uma tentativa de abordagem da polícia.
Um funcionário de um comércio disse que o assalto aconteceu logo depois que um carro-forte deixou a agência. “Os bandidos sabiam que o carro-forte foi levado ao banco para que o dinheiro que estava nele fosse deixado na agência. Quando o carro deixou o banco, eles anunciaram o assalto”, relatou.
Policiais militares das cidades de Denise, Barra do Bugres, Porto Estrela e Tangará da Serra, além do Distrito de Acari, ainda do Bope, Rotam e do Centro Integrado de Operações Aéreas participam das buscas. A Polícia Civil informou que uma equipe do Grupo de Combate ao Crime Organizado foi para Denise investigar o crime.
A polícia não descarta a possibilidade de que os assaltantes façam parte da mesma quadrilha que roubou o Banco do Brasil em Campo Novo. Os bandidos estavam armados com fuzis e pistolas. Os bandidos também fizeram os reféns de escudo humano e houve troca de tiros com a polícia. O delegado da cidade, Eder Cley de Santana Leal, foi ferido na perna por um tiro, mas passa bem. Os bandidos conseguiram fugir e até agora ninguém foi preso.
Mato Grosso vive hoje um clima de insegurança, as perspectivas da segurança pública atravessam momentos de dúvidas e questionamentos, o efetivo da Polícia Militar é escasso e mal remunerado, realidade triste para um estado desenvolvido e apelidado em todo o país de celeiro brasileiro. O governo, posição a oito anos e com perspectiva de permanecer pelo menos mais quatro anos no poder, ainda não apresentou uma plano de segurança apropriado e que resolva o problema do assalto a banco em nosso estado, que sofre com a insegurança de funcionários, clientes e policiais, que atuam numa realidade de logística ineficaz, efetivo incondizente com a necessidade para este tipo de ocorrência policial e desmotivado face aos baixos salários praticados pelo estado para um trabalho onde se pratica "o mesmo com risco da própria vida".
O cidadão de Mato Grosso espera uma saída prática, chega de faláceas eleitoreiras, holofotes e publicações desprovidas de verdade. Chega de maquiagem e políticas de promoção de inverdades. Carecemos de medidas paleativas para melhorar a segurança pública de nosso estado, atingimos esta semana uma marca de mais de 300 (trezentos) homicídios somente na capital. Até onde vamos parar, o Rio de Janeiro também é aqui, a guerra contra o crime também está acontecendo em Mato Grosso e pelo visto, ao contrário dos cariocas, estamos longe de ganhar.
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