terça-feira, 28 de setembro de 2010

Segunda via de Título de eleitor pode ser confeccionado até amanhã.


Termina nesta quinta-feira o prazo para impressão da segunda via do título de eleitor. A reimpressão do documento pode ser efetuada em qualquer cartório eleitoral do Estado, das 12 às 19 horas.

Embora as centrais de atendimento ao eleitor e os cartórios do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) estejam funcionando em regime de plantão nos finais de semana e feriados durante todo o mês de setembro, o número de eleitores que procuraram a Justiça Eleitoral para a reimpressão do documento ainda é pequeno.

De acordo com levantamento do TRE, neste final de semana, apenas 355 eleitores procuraram os cartórios eleitorais e as centrais de atendimento em todo o Estado. Na central de atendimento da Casa da Democracia em Cuiabá foram realizados 218 atendimentos, na central de Várzea Grande foram 41 e na de Rondonópolis, 27 documentos foram emitidos. Os demais atendimentos ocorreram nos cartórios eleitorais no interior do Estado.

A Justiça Eleitoral alerta os eleitores sobre a necessidade de apresentar dois documentos no momento do voto: o título eleitoral e um documento oficial com foto. A obrigatoriedade está prevista na Lei 12.034/2009 e será cumprida em todos os locais de votação do Estado.

Os mesários estão orientados pela Justiça Eleitoral a não aceitar boletim de ocorrência de furto ou extravio de documento, no lugar do título eleitoral ou do documento de identificação com foto.

O prazo para retirar a segunda via foi estendido desde a semana passada por determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Só poderão fazer a impressão da segunda via os eleitores que extraviaram o documento.

Força Nacional e Polícia Federal realizam apreensões em Pontes e Lacerda


Na manhã do dia 22 de setembro, equipe policial da “Operação Sentinela” no Mato Grosso composta por Policiais Federais e policiais da Força Nacional de Segurança Pública, em cumprimento a mandado de busca e apreensão no Município de Pontes e Lacerda/MT, efetuaram a apreensão de 42 (quarenta e duas) caixas de cigarros provavelmente de origem boliviana, equivalente a 21 mil carteiras de cigarros.

Ao chegarem ao local os policiais se depararam com um veículo Fiat Strada, que estava saindo carregada do local de cumprimento do mandado. O veículo foi abordado logo após ter saído do referido local, carregando 14 caixas de cigarros. Em busca na residência foram encontradas mais 28 caixas de cigarros. Durante a diligência houve a prisão de dois homens pelos crimes de contrabando, os quais foram encaminhados à Cadeia Pública em Cáceres/MT onde estão à disposição da justiça. A mercadoria apreendida e o veículo foram entregues à Receita Federal do Brasil para as providências cabíveis.

Os policiais da “Operação Sentinela” baseados em Cáceres/MT já haviam apreendido aproximadamente 5 mil pacotes de cigarros (totalizando 50mil maços de cigarro) e 600 combos de DVD (totalizando 60mil DVDs) provenientes da Bolívia no último domingo (19/09/2010). A mercadoria estava sendo transportada em um caminhão VW/12.170 BT, abordado no posto policial da PRF, situado na BR-174, saída para Pontes e Lacerda/MT. Vale lembrar que só no mês de setembro, também foram apreendidos um total de 9.260g de pasta base de cocaína e realizadas outras 7 prisões.

A denominada “Operação Sentinela” é um esforço conjunto das instituições policiais que atuam na região de fronteira visando coibir os delitos de caráter transnacionais que acabam aumentando os índices de criminalidade dos grandes centros urbanos, concentrando seus esforços na atuação de combate ao narcotráfico, contrabando e descaminho, tráfico de armas, delitos ambientais, tráfico de animais e pessoas, dentre outros delitos.

Criminoso é alvejado pela PM após dispararem contra Viatura



Dois rapazes foram presos no início da noite de domingo em Cuiabá por porte ilegal de arma, desobediência, direção perigosa e resistência à prisão. Um deles, que tem passagem pela polícia por homicídio e crimes contra o patrimônio, acabou levando um tiro nas nádegas.

O fato aconteceu às 18h40, na rua 46 do bairro Boa Esperança. Policiais militares que faziam ronda pelo local depararam-se com Jonathan Pulucena, 25 anos, e Kelson Soares, 27, em uma moto Honda, preta, placa NPO 7530, em atitude suspeita.

Os militares determinaram que os dois encostassem para abordagem, mas eles ignoraram a ordem e fugiram em alta velocidade. Porém, foram perseguidos pelos policiais.

Já na altura da rua 22, conforme boletim de ocorrência, Kelson que estava na garupa da moto colocou a mão na cintura e sacou uma arma em direção a viatura. Os militares revidaram e, novamente o acusado efetuou mais disparos contra os policiais, que rebateram os tiros.

Os dois rapazes foram perseguidos até a avenida das Torres, onde a fuga acabou sendo interrompida. Kelson ainda tentou correr, mas foi localizado pelos militares dentro de um terreno baldio. Nisso foi feita busca pessoal, mas a arma não foi localizada.

Ao ser indagado com esta a arma, ele contou que estava com o comparsa Jonathan, que disse que havia dispersado próximo de um posto de combustivo localizado na avenida. Policiais da Ronda Ostensiva Tático Móvel (Rotam) foram acionados e houve busca na região onde o detido alegou ter deixado arma, que não foi encontrada.

Com passagens pela polícia por homicídio e crimes contra o patrimônio, Kelson foi socorrido e levado para o Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá (PSMC) onde recebeu atendimento médico e, depois foi encaminhado para a Central de Flagrantes.

Eleição indefinida para a segunda vaga ao Senado


Se as eleições fossem hoje, a corrida pela segunda vaga ao Senado seria definida somente na hora do voto com os três candidatos que aparecem em segundo e terceiro lugares disputando a simpatia de cada eleitor, num outro embate histórico para Mato Grosso.

Em 1994, quando Carlos Bezerra (PMDB), Louremberg Nunes Rocha (PTB), Jonas Pinheiro (PFL) e Antero Paes de Barros (PSDB) concorreram à senatória, a trajetória foi quase a mesma, ou seja, houve um grande acirramento. Uma recontagem de votos encerrou o impasse iniciado na campanha eleitoral. Na época, saíram vitoriosos Jonas Pinheiro e Carlos Bezerra, este último favorecido após a recontagem. Antero ficou de fora por uma diferença mínima. Louremberg, um pouco mais distanciado.

Nova pesquisa Gazeta Dados, na quarta rodada estadual, indica quadro de empate técnico entre Carlos Abicalil (PT), Antero Paes de Barros (PSDB) e José Pedro Taques (PDT). Enquanto o petista obteve 29% das indicações dos eleitores de Mato Grosso, tucano e pedetista tiveram 28%.

O ex-governador do Estado Blairo Maggi (PR) tem uma posição bastante tranquila ao apresentar 64% da preferência dos eleitores. A variação do percentual do republicano em uma semana está dentro da margem de erro da pesquisa, fixada em 3%. Ele subiu de 63% para 64%.

As diferenças de Abicalil, Antero e Taques em relação à pesquisa realizada nos dias 18 e 19 de setembro, de 28%, 27% e 26% são mínimas. Nela, os índices já mostravam situação de empate técnico. Uma semana depois, o que aparece é o candidato petista com 1 ponto a mais, o tucano também com 1 a mais e o pedetista avançando 2 pontos.

Avaliando o resultado das pesquisas Gazeta Dados, desde o primeiro levantamento realizado entre 14 e 16 de agosto, a dança dos números alterou bastante a situação do pedetista Pedro Taques. Ele iniciou a disputa com 9%, foi a 17%, 26% e agora tem 28%, 19 pontos percentuais de crescimento num intervalo de cerca de 40 dias.

Já Antero aparecia com 29% na primeira sondagem, 26% na segunda, 27%, na terceira e chega a 28%. Carlos Abicalil partiu de 21%, foi a 28%, permaneceu com os mesmos 28% e agora está com 29%. Os demais nomes que estão concorrendo, Procurador Mauro (PSOL), Jorge Yanai (DEM) e Naildo Lopes (PV), apresentaram percentuais de 5%, 3% e 1%.

Entrevista com Pedro Taques, o paladino da justiça que busca uma vaga no Senado


José Pedro Taques, cuiabano, 42 anos, ganhou notoriedade nacional pela postura firme e notável capacidade de articulação. Nos anos 90 atuou como Procurador do Estado de São Paulo e foi Procurador da República, sendo designado para agir nos estados do Acre e Rondônia.

“Eram terras sem leis. Pistoleiros mandavam e desmandavam. Fiquei 40 dias sem sair da procuradoria”, disse. “Tinha medo?”, questionei. “Meu único medo sempre foi ter medo”, respondeu de bate pronto.

Essa falta de medo fez com que Taques denunciasse a prática de nepotismo no Tribunal de Justiça do Acre e Rondônia. “Pedi a anulação do concurso para Juiz do trabalho. Quase todo mundo tinha o mesmo sobrenome na lista de aprovados”, comentou. Abri um sorriso. Ele continuou sério.

Um dos primeiros feitos do ex-procurador a ganhar proporção nacional foi em 1995. Ele participou ativamente das investigações contra Hildebrando Pascoal, então deputado federal do Acre acusado de liderar um grupo de extermínio, integrar esquema de crime organizado para tráfico de drogas e roubo de cargas. Hildebrando foi condenado por tráfico, tentativa de homicídio e corrupção eleitoral.

No ano seguinte Pedro Taques foi transferido para Mato Grosso, onde, aí sim, ganhou ainda mais fama e popularidade através de feitos inimagináveis para a época e situação política e histórica do estado.

Foi através de uma denuncia da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) que Pedro Taques iniciou as investigações de João Arcanjo Ribeiro. Arcanjo, considerado o Al Capone de Mato Grosso, teria envolvimento com o crime organizado e desembargadores do Tribunal de Justiça de MT.

“Eu havia visto Arcanjo uma vez em Cuiabá, num restaurante. Cheguei na porta banheiro e um segurança não deixou-me entrar. Achei estranho. Só depois de Aracanjo sair do banheiro que o segurança liberou a passagem das pessoas. Suspeitei. Aquilo era muito poder para os tempos de hoje. A denuncia da Abin só confirmou a suspeita.”

Durante o período de investigação sobre as ligações de João Arcanjo com o crime organizado, Taques ajuizou ação contra José Osmar Borges, um dos sócios de Jader Barbalho. Jader, presidente do Congresso Nacional, teve o mandado cassado em 1998. A operação ficou conhecida como Caso Sudam.

Ainda em 1998 as investigações sobre João Arcanjo vazaram e foram paralisadas. “Foi um golpe, mas ao mesmo tempo uma confirmação que havia mais gente envolvida com essa máfia. Não foi à toa que as informações vazaram”, comentou.

“E o que o senhor fez durante esse tempo de paralisação nas investigações, uma vez que o Caso Arcanjo era prioridade?”.

“Denunciei Leopoldino Marques do Amaral (TJ/MT), aquele que desviava dinheiro de contas judiciais, e ajuizei ação para que a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) não cobre taxa de inscrição do vestibular de estudantes de baixa renda”, respondeu.

Em 2001 as investigações foram retomadas. E Taques ganhou da embaixada norte-americana um curso sobre lavagem de dinheiro e combate à organização criminosa em Washington (EUA).

“Com certeza eles já investigavam Arcanjo. Ele tinha patrimônios em território americano. Eles também estavam de olho no que acontecia aqui”, disse. Passou 45 dias estudando nos EUA.

A operação pra prender Arcanjo começou meses depois da viagem. Em dezembro de 2002, Arcanjo e coronéis envolvidos com a máfia dos caça-níqueis começaram a ser procurados. Arcanjo fugiu. E, nem tão surpreendentemente, começaram a ser detectadas ramificações de Arcanjo com a mesa diretora da Assembléia Legislativa de Mato Grosso.
Arcanjo foi preso no Uruguai no inicio de 2003.

“Fui dezenas de vezes ao país negociar a extradição”, ele diz.

João Arcanjo Ribeiro, ex-policial civil e responsável por uma organização que movimentou cerca de R$ 900 milhões de 1997 a 2001 sem declarar à Receita Federal, foi condenado a 37 anos de prisão por formação de organização criminosa, crime contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro.

“Não tenho orgulho de prisões. Apenas faço meu trabalho. Estudo, sigo e cumpro as leis”, diz de modo, aparentemente, inocente. Mas com a expressão de quem tem conhecimento das leis e, principalmente, do modo como aplicá-las.

Falando em orgulho, Taques, antes da terceira xícara de café, relembrou uma atitude que mexeu com o brio de milhares de brasileiros em 2004.

“Eu liguei o computador e li uma noticia que dizia que todo brasileiro estava sendo obrigado a deixar impressões digitais ao desembarcar nos Estados Unidos. Pensei: ‘por que não estabelecer uma igualdade de tratamento entre norte-americanos e brasileiro?’.

Liguei para o Julier [Julier Sebastião da Silva, juiz federal] e ele adotou a decisão”.
O ato teve repercussão internacional, fazendo com que outros países tomassem a mesma atitude.
Pedro Taques foi convidado para palestrar em diversos locais sobre o tema.
A imagem de um piloto americano fazendo um gesto obsceno quando é fichado circulou o mundo e traduziu a revolta norte-americana. “Eu só, mais uma vez, cumpri a lei”, diz Taques, que pediu demissão do cargo publico e filiou-se ao PDT, onde é pré-candidato ao Senado Federal.