quarta-feira, 7 de abril de 2010

Número de mortos chega a 110 no Rio de Janeiro




A chuva que atinge o Rio de Janeiro desde a noite de segunda-feira é a maior já registrada na capital fluminense, informou a prefeitura nesta terça-feira. De acordo com dados divulgado durante a coletiva de imprensa do prefeito Eduardo Paes, em menos de 24 horas, foram 288 milímetros de precipitação.

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, afirmou vai decretar estado de emergência no Estado em razão do grande número de municípios atingidos pelas fortes chuvas.

O Aeroporto Santos Dumont reabriu para pousos e decolagens por volta das 9h10 desta terça-feira. O aeroporto, que opera agora com auxílio de instrumentos, quando o piloto necessita de equipamentos especiais para alinhar a aeronave com a pista, estava fechado desde a noite de segunda-feira.

Também por causa da forte chuva as aulas nas escolas municipais e estaduais foram suspensas no Rio de Janeiro. O Tribunal de Justiça do Estado também cancelou todas as audiências marcadas para os fóruns da cidade, assim como a Câmara Municipal e o Ministério Público.

As chuvas também provocaram a alteração na circulação da rede ferroviária por medida de segurança e o fechamento de algumas estações. A concessionária que a administra o metrô do Rio interrompeu a venda de bilhetes em todas as estações nesta manhã devido a uma falha num trem que passava pela estação Glória. Com problema no sistema de ar comprimido, às 9h20, o trem foi substituído e os passageiros direcionados para outro veículo.

Após reunião na Prefeitura de Niterói, o governador Sérgio Cabral afirmou que o número de mortos em decorrência das fortes chuvas no Rio já chega a 110. Dentre as vítimas, 60 são do município de Niterói.

Cerca de 70 mil kits de alimentação e saúde serão entregues para as vítimas. José Roberto Silveira, prefeito de Niterói, uma das cidades mais atingidas pelas chuvas, decretou estado de calamidade e informou que o município precisará de R$ 14 ou 15 milhões que serviriam para a compra de moradias e indenização de pessoas que habitavam 320 casas localizadas em áreas consideradas como de risco.

Desde que a chuva começou, por volta das 17h30 desta segunda-feira, uma série de congestionamentos provocaram transtornos no tráfego no Rio. A situação mais crítica, de acordo com a Guarda Municipal, ocorreu na Praça da Bandeira, que é um dos locais de acesso a vários pontos do Centro. O local ficou totalmente alagado e o nível da água chegou a atingir 1,5 m, impedindo a passagem de carros e ônibus. Nesse ponto, assim como na Avenida Maracanã, bombeiros usaram barcos e botes infláveis para auxiliar motoristas e pedestres.

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