terça-feira, 28 de julho de 2009

Ninguém entrega armas em Mato Grosso



Em pouco mais de um ano e meio a população de Mato Grosso entregou apenas uma arma à Polícia Federal. De janeiro de 2008 até o dia 17 de junho deste ano, a PF conseguiu apreender 99 armas, emitir dez portes, recuperar 173 equipamentos oriundos de furtos e roubos e expedir 2.258 novos registros de armas.


Com o propósito de conscientizar um número maior de pessoas, a PF lançou ontem, em Brasília, a segunda etapa da Campanha Nacional de Desarmamento, que prossegue até 31 de dezembro, com emissão de registro de armas gratuito. A partir dessa data, as exigências voltam a valer e as taxas para o registro serão cobradas. O diretor de Combate ao Crime Organizado da PF de Brasília, delegado Roberto Troncon, salienta que a população deve ficar alerta sobre o prazo e a forma adequada para fazer o recadastramento das armas, ou a sua devolução. “Quem não recadastrar as armas, que tem até o dia 31 de dezembro, poderá, a partir de janeiro, estar cometendo crime”, disse Troncon.


Por isso a importância das pessoas receberem todas as informações sobre como proceder para efetivar o recadastramento, pois se forem pegas, poderão responder por porte ilegal de arma e cumprir até três anos de detenção. Apesar de a mobilização ser em âmbito nacional, a Polícia Federal em Mato Grosso, juntamente com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), ainda não tem uma coordenação específica para tratar a questão. Essa composição, segundo assessoria de imprensa da Sejusp, deverá ser feita nesta semana.


A PF, que geralmente encabeçava a campanha, desta vez informou por meio da assessoria de imprensa que a responsabilidade de gerenciar a ação está com a Polícia Civil, que até ontem não tinha um cronograma de ações definido, e que informou, também pela assessoria, que aguardaria a orientação da Sejusp. Nos demais estados do país já está definido que o recadastramento pode ser feito nas unidades da Polícia Federal e das polícias estaduais, bem como nas lojas ligadas à Associação Nacional da Indústria de Armas e Munição (Aniam) e pelo site http://www.dpf.gov.br/.


Em casos de entrega da arma, o dono poderá receber, posteriormente, uma indenização que pode variar entre R$ 100 e R$ 300. Conforme o membro da ONG Movimento Viva Brasil – parceira na atividade -, Alber Cerqueira, a campanha é extremamente importante para reduzir os índices de criminalidade no país. “O recadastramento das armas é um instrumento fundamental para que a PF tenha controle sobre as armas que circulam no Brasil, tanto nas mãos de civis como de policiais, magistrados e empresas de segurança”, disse Alber.

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