quinta-feira, 25 de agosto de 2011

PM terá que reabrir procedimentos contra policiais envolvidos em grilagem de terra


A Corregedoria Geral da Polícia Militar terá que reabrir os processos administrativos disciplinares instaurados para investigar envolvimento de cinco oficiais denunciados por envolvimento em grilagem de áreas indígenas, tráfico de drogas, desvio de verbas de alimentação e combustível da corporação, além de prática de “pistolagem fardada”.

Os crimes vieram à tona em julho de 2009, durante a Operação Pluma, deflagrada pela Polícia Federal na região do Araguaia.

Os PDAs serão reabertos porque a Procuradoria Geral do Estado (PGE) avaliou como improcedente pedido feito pelo capitão PM Robson Oliveira Curi em recurso de reconsideração do ato administrativo do governador Silval Barbosa (PMDB) para que a Corregedoria apurasse novamente as denúncias contra os oficiais.

Uma nova comissão disciplinar deve ser formada com objetivo de investigar a conduta dos coronéis Adaildon Evaristo Moraes Costa, e Elierson Metello de Siqueira, dos majores Wlamir Luiz Gama de Figueiredo e José Carlos de Moraes, além do capitão Curi.

No documento formulado pelo capitão, ele pedia que o governo aguardasse a conclusão definitiva das investigações, que estão sendo realizadas pelas autoridades federais. Até hoje a Policia Federal não concluiu o inquérito e ninguém foi indiciado por esses crimes.

A Corregedoria chegou a pedir a extinção dos processos contra os cinco oficiais e, por consequência, o arquivamento do caso, baseado no julgamento de um Conselho de Justificação (neste caso composto por três oficiais superiores que analisaram os relatórios das investigaçãos e fizeram o julgamento dos processos administrativos dos oficiais), cujo entendimento foi de que nos autos não haviam informações palpáveis para incriminar os militares.

Na época, os procuradores deixam claro que o processo de investigação desses militares não seguiu os trâmites legais e que nos dez volumes enviados para análise da PGE existem peças "sem início e nem fim", além de termos de depoimentos e muitos trechos repetidos várias vezes.

O parecer afirma que os vícios acima apontados causaram prejuízos irreparáveis, e traz à tona o corporativismo dentro da PM.

Outro ponto observado pela PGE é que há volumes em que não existe uma seqüência de páginas, isto é, há várias folhas faltantes e por fim relatam rasuras nas numerações das folhas e alteração da ordem dos documentos, fato que torna muito trabalhosa a compreensão do teor dos processos.

Olhar Direto

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