domingo, 22 de maio de 2011
Alunos da PM são presos após apresentarem certificados falsos
Dois alunos a soldado da Polícia Militar foram presos em flagrante por uso de diploma falso na comprovação do nível de escolaridade exigido para o ingresso na polícia.
Aprovados em concurso no ano passado, Adão Ramos de Sousa Júnior, de 24 anos, e Andhrey de Almeida Fernandes, 23 anos, confessaram que pagaram R$ 500, cada, para obter diploma do ensino médio da Escola Estadual João Brienne de Camargo, de Cuiabá, sediada no cruzamento das avenidas João Gomes Sobrinho e Miguel Sutil (Perimetral).
No depoimento prestado à polícia, Adão Júnior declarou que conseguiu o diploma através do namorado de um ex-professor da escola. Já Andhrey Fernandes apontou uma mulher, que seria uma enfermeira da rede municipal de saúde, também amiga do ex-professor da mesma escola. Pelo valor pago, os “ex-futuros” policiais obtiveram o certificado de conclusão, atestado e o histórico escolar. Toda documentação apresentava carimbos, supostamente falsos, da escola e de funcionários da direção e setor administrativo.
Pelas notas impressas no histórico, os dois falsos ex-alunos eram estudantes assíduos e aplicados. Só tiravam boas notas, acima de 7.0, e não faltavam aula. Os falsificadores tiveram até o cuidado de não atribuir nota deles a eles, talvez para não levantar suspeitas.
Andhrey e Adão disseram que não se conheciam antes, portanto, um não sabia sobre o diploma falso do outro. Mas ambos disseram que os intermediários nas falsificações contaram que tinham contato com pessoas que conseguiam fazer diplomas falsos dentro da Secretaria Estadual de Educação (Seduc).
As falsificações foram descobertas pelo Serviço de Inteligência da Polícia Militar durante a investigação social sobre a vida pregressa dos aprovados para carreira militar. O sargento David Sousa Dourado, um dos integrantes desse trabalho, foi quem entregou os soldados-alunos no plantão da Polícia Civil no Cisc Planalto.
Para não restar dúvida e deixar brecha para “ex-futuros” soldados, o Serviço de Inteligência anexou inclusive um ofício da escola, assinado pelo secretário de administração escolar, Reginaldo Eugênio de Carvalho, declarando que os números dos diplomas não existem e ambos nunca foram alunos da escola. Os dois foram para o presídio de Santo Antônio de Leverger.
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