terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Dilma fará cortes no orçamento da ordem de R$ 25 Bilhões


A estreia da ministra do Planejamento, Mirian Belchior, sinaliza para o tipo de pacto existente entre ela e a nova presidente, Dilma Rousseff. Ambas têm sobre a mesa a principal dor de cabeça dos primeiros dias de governo: definir onde cortar a peça de ficção orçamentária votada pelo Congresso - incluindo aliados - no final de 2010, para valer em 2011. Estima-se que a tesourada fique em no mínimo R$ 25 bilhões.

Mirian assumiu posição de recuo estratégico, para além do esperado para uma ministra cuja tarefa é justamente executar a tesoura, e transferiu a responsabilidade diretamente para a presidente, de quem "aguarda orientação" - e tudo indica que assim irá proceder nos demais pontos sensíveis, como questões relativas ao PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que agora estão sob a alçada do Planejamento.

Dilma manda e Mirian executa - como, de resto, parece ser a regra pré-estabelecida para algumas áreas particularmente caras à presidente, na qual também deve se encaixar a de Minas e Energia.

O prenúncio dos cortes será o contingenciamento - traduzindo: o governo manda bloquear os gastos e só libera um duodécimo do previsto para cada mês. Enquanto isso discute com os ministros onde economizar. O estica e puxa costuma ir até março, quando sai o decreto indicando o tamanho da cirurgia nas contas - um processo que costuma provocar desgaste político e deve desencantar estreantes do primeiro escalão.

É agora que se vai ter a medida da dureza de Dilma nas negociações e que vai ficar claro que setores ela considera prioritários a ponto de poupar da tesoura.

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