Operação continua no Rio de Janeiro

A operação da Polícia Civil nesta sexta-feira (10) na Favela do Mandela, em Bonsucesso, no subúrbio do Rio, tinha como objetivo principal prender o traficante Fabiano Atanazio da Silva, conhecido como FB. Ele é apontado pela polícia como o chefe do tráfico na Vila Cruzeiro, na Penha, na Zona Norte do Rio. Os agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e da Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA) não conseguiram localizar o criminoso, mas apreenderam drogas, armas e munições.

De acordo com o delegado Fábio Ferreira, adjunto da DRFA, uma denúncia repassada aos órgãos de inteligência da polícia informou que FB esteve na Favela do Mandela na quinta-feira (2), uma semana após a ocupação da polícia no Alemão.

A polícia investiga a hipótese do traficante ter procurado um abrigo na favela, que é liderada pela mesma facção criminosa que atua nos conjuntos de favelas da Penha e do Alemão.

“Essa informação veio rica em detalhes e, antes mesmo de subirmos a comunidade, checamos que esse endereço realmente existia. Hoje não conseguimos encontrá-lo, mas nossas buscas vão continuar até que seja alcançado esse objetivo, que é prender o FB e os outros chefes do tráfico”, disse o delegado.

Onze detidos

Ao todo, 11 pessoas foram detidas na operação. Oito delas foram cercadas pelos agentes da Core e foram encaminhadas para averiguação na 21ª DP (Bonsucesso). Outras três foram detidas pelos policiais da DRFA. Entre elas, há um jovem que já tinha mandado de busca e apreensão por ter cometido crimes quando ainda era menor de idade. Um casal, que alegou ser usuário de drogas, também foi detido.

“Estamos puxando a ficha criminal dessas pessoas. Esses três foram detidos porque tentaram fugir do cerco da polícia, sendo que esse casal é lá da Vila Cruzeiro, e o homem, inclusive, já cumpriu pena por tráfico”, explicou o delegado.

Na operação, a polícia apreendeu uma escopeta calibre 12, uma luneta, dois coletes à prova de balas, papelotes de crack, papelotes de cocaína com a inscrição do símbolo do super-homem, além de tabletes de maconha, 30 litros de cheirinho da loló, radiotransmissores, munições para fuzil, pistola e submetralhadora e cadernos com a contabilidade do tráfico.

Um helicóptero e um carro blindado auxiliaram os policiais na operação